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Os anos que mudaram Minas

Ciência e Tecnologia

  1. Apoio ao empreendedorismo tecnológico e a startups
  2. Expansão do ensino superior público
  3. Parques tecnológicos agregam valor aos produtos mineiros
  4. Cidade da Ciência e do Conhecimento
  5. “Cidade das Águas” é referência em pesquisa sobre recursos
  6. Maior investimento na Fapemig
  7. Crescimento de pedidos de patentes no Inpi
  8. Legislação pioneira incentivou pesquisa e inovação
  9. DataViva dá suporte ao planejamento econômico do Estado
  10. Universidade Aberta investe em capacitação tecnológica à distância

1Apoio ao empreendedorismo tecnológico e a startups

Em 2013, o Governo do Estado implantou, por meio do Escritório de Prioridades Estratégicas, o Seed (Startups and Entrepreneurship Ecosystem Development), programa de desenvolvimento do ecossistema de empreendedorismo e startups. O objetivo foi transformar Minas no maior polo de empreendedorismo tecnológico da América Latina.

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Em duas edições realizadas até 2014, o programa recebeu inscrições de 2.800 startups de 30 países e 20 estados brasileiros. Destas, 75 foram selecionadas, por meio de edital público, para compartilhar por seis meses um espaço cedido pelo Estado em Belo Horizonte, onde recebiam apoio financeiro e técnico para o desenvolvimento de projetos.

Por meio do programa, 25 startups de outros estados e países decidiram fixar suas empresas em BH e 20 conseguiram investimentos de outras fontes. O Seed ficou entre as três indicadas ao Sparks Awards, prêmio concedido aos mais influentes atores do cenário do empreendedorismo tecnológico brasileiro.

 

2Expansão do ensino superior público

De 2003 a 2014, o Governo de Minas ampliou o acesso dos mineiros ao Ensino Superior gratuito e de qualidade. No período, a Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG) tornou-se a terceira maior universidade do Estado, passando de 4.900 alunos, em 2010, para mais de 17 mil em 2015. O número de cursos de graduação oferecidos pela UEMG saltou de 32 para 115 e o de professores também subiu.

A partir de 2012, a UEMG absorveu sete fundações educacionais de várias regiões do Estado:

– Fundação Helena Antipoff (em Ibirité, na RMBH)

– Fundação Cultural Campanha de Princesa (em Campanha, no Sul de Minas)

– Fundação Fafile (em Carangola, na Zona da Mata)

– Fundação Universitária do Vale do Jequitinhonha – Fevale (em Diamantina, no Vale do Jequitinhonha)

– Fundação Educacional de Ituiutaba (no Triângulo Mineiro)

– Fundação Educacional de Divinópolis – Funedi (em Divinópolis, no Centro-Oeste)

– Fundação de Ensino Superior de Passos (no Sul de Minas).

Na sua nova estrutura, a UEMG começou 2011 presente em sete cidades e fechou 2014 atuando em 17 municípios mineiros, passando a ser a instituição com o maior número de cursos de graduação do Estado. Em 2014, o Governo de Minas autorizou a realização de Concurso Público para consolidar o quadro de funcionamento das unidades.

Unimontes

Além da UEMG, integra o sistema estadual de ensino superior a Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), que, até o final de 2014, ofertava 91 cursos, divididos em graduação, pós-graduação, mestrado, doutorado, cursos técnicos presenciais e cursos à distância. A instituição atuava prioritariamente nas regiões Norte, Noroeste e nos Vales do Jequitinhonha, Mucuri  e Urucuia, estando presente em 11 campi até 2014.

Em 2014, foram abertas novas unidades em Pedra Azul, Pompéu e Joaima. Nos últimos anos, a Unimontes se consagrou como a melhor instituição em Educação à Distância em Minas Gerais. Em parceria com a Universidade Aberta do Brasil, a Unimontes possuía polos de Educação à Distância em 20 outras cidades da região de atuação.

3Parques tecnológicos agregam valor aos produtos mineiros

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De 2003 a 2014, várias iniciativas tiveram o objetivo de diversificar a economia mineira. Entre elas, ações para promover a agregação de valor às matérias-primas produzidas no estado e o apoio à implantação de parques tecnológicos, que funcionavam como incubadoras de empresas de alta tecnologia.

Em 2011, foi inaugurado o primeiro desses parques: o de Viçosa, em parceria com a Universidade Federal de Viçosa, que até 2014 contava com mais de 30 empresas atuando em sua estrutura.

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Em 2012, foi inaugurado o Parque Tecnológico de Belo Horizonte (BH-TEC), construído em parceria com a UFMG e a Prefeitura de Belo Horizonte. No ano seguinte, as 18 empresas instaladas no local, voltadas para a investigação e produção de novas tecnologias, tiveram faturamento superior a R$ 73 milhões e geraram 480 empregos diretos.

O BH-TEC abrigava também três centros tecnológicos da UFMG dedicados às seguintes áreas: nanomateriais de carbono, vacinas e web. Os investimentos do governo nesse empreendimento somaram R$ 36 milhões.

O terceiro Parque Tecnológico inaugurado em Minas Gerais foi em Itajubá, funcionando em parceria com a Universidade Federal de Itajubá.

Em fase de implantação: Parques Tecnológicos de Lavras (Universidade Federal de Lavras), de Juiz de Fora (Universidade Federal de Juiz de Fora) e o de Uberaba (com a Universidade Federal do Triângulo Mineiro).

Estudo identificou novos investimentos: A Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior produziu um amplo estudo, em parceria com a Universidade Federal de Viçosa, oferecendo recomendações e Planos de Negócios para a expansão do programa de parque e identificando potencial nas cidades de Uberlândia, Araxá, Conselheiro Lafaiete, Brumadinho, São João Del Rey, Teófilo Otoni, Montes Claros e Diamantina.

4Cidade da Ciência e do Conhecimento

Com todos os projetos executivos e complementares concluídos até 2014, a Cidade da Ciência do Conhecimento prevê a implantação de uma intervenção urbana, integrando uma série de instituições ligadas à produção e à difusão do conhecimento, à pesquisa, à Educação e à Cultura, num espaço a ser disponibilizado para a população.

A âncora principal do projeto é a implantação dos prédios do Campus da UEMG e da Fapemig na região do Horto, com previsão de um grande Centro de Convenções para a cidade. A intervenção prevista tem estimativa de custo de R$ 50 milhões.

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As instituições parceiras da Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia que integraram, desde o início, a proposta e a concepção foram: Fundação Centro Tecnológico de Minas Gerais (Cetec), Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), Museu e Jardim Botânico da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Centro de Formação e Experimentação Digital (PlugMinas) e a Incubadora de Empresas Habitat da Fundação Biominas.

De acordo com o planejado, a Cidade do Conhecimento também abrigará a nova sede da Universidade Estadual de Minas Gerais (UEMG).

O projeto desenvolvido pelo urbanista Jaime Lerner pode ser um marco na arquitetura e no urbanismo da capital mineira.

Durante os últimos anos todo o estudo em torno da viabilidade do projeto foi realizado. E todos os projetos executivos e complementares foram concluídos até 2014 e entregues ao novo Governo para implementação.

5“Cidade das Águas” é referência em pesquisa sobre recursos

Com cerca de 84% das obras concluídas até o final de 2014, a Cidade das Águas Unesco-Hidroex é uma iniciativa que juntou os governos federal e de Minas em proposta apresentada pela Câmara dos Deputados à Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura).

A proposta resultou na criação de um Centro de Categoria II das Nações Unidas, especializado em “educação para as águas” e com a responsabilidade de melhorar a gestão de recursos hídricos no Brasil, na América Latina e nos países de língua portuguesa da África.

Sua implantação se deu com recursos do governo federal e contrapartida do Governo do Estado, com início de atividades previsto para 2015.

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Com a adesão de várias instituições de pesquisa e desenvolvimento e de universidades públicas, foi criado um Condomínio Temático das Águas, tendo o Unesco-Hidroex como sua principal âncora. Conta também com a participação de órgãos federais e estaduais, como a Agência Nacional das Águas (ANA) e Embrapa (federais), Igam, Emater, Cemig e Copasa.

Quinze universidades públicas assinaram adesão ao Condomínio. Dessas, pelo menos cinco – UFMG, Viçosa, Ouro Preto, Lavras e UEMG – já desenvolvem atividades de pesquisa ou de capacitação no tema da água antes mesmo da conclusão de todo complexo, que tem um Centro de Educação à Distância, conjunto de laboratórios de primeiro mundo e alojamentos para 300 pesquisadores. Até o final de 2014, já funcionava na estrutura existente o Campus da Universidade Estadual de Minas Gerais, com 1.300 alunos.

Implantada em Frutal, no Triângulo Mineiro, a Cidade das Águas Unesco-Hidroex teve seu projeto arquitetônico e urbanístico desenvolvido pela equipe do urbanista Jaime Lerner e os investimentos na sua consolidação consumiram em torno de R$ 136 milhões, entre recursos federais e do Estado.

Em 2014, a Unesco já estava estudando a proposta de transformação do Hidroex em Centro de Categoria 1, o que faria com que Minas Gerais passasse a ter a 12ª instituição de propriedade das Nações Unidas no mundo e a segunda especializada no tema água.

6Maior investimento na Fapemig

Em 12 anos, a Fapemig vivenciou um processo de franca expansão, graças aos investimentos do Governo de Minas na instituição, que tiveram crescimento de 289,6%. A concessão de bolsas de estudos também foi ampliada, beneficiando a pesquisa.

De 2003 a 2014, o Governo de Minas investiu 1% do orçamento do Estado na Fapemig, cumprindo o dispositivo constitucional. Desta forma, ao longo de 29 anos de história da Fapemig, 89% dos recursos investidos na fundação foram transferidos naquele período. Apenas 11% foram investidos nos anos anteriores a 2003.

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7Crescimento de pedidos de patentes no Inpi

Até 2014, Minas esteve na vanguarda do setor de tecnologia. Além do aumento nos recursos destinados à Fapemig, os pedidos de patentes tiveram alta de 45% nas gestões 2003/2014, o que demonstra o avanço da produção científica no período.

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8Legislação pioneira incentivou pesquisa e inovação

Nos últimos anos, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) deu um grande impulso à pesquisa e à inovação científica e tecnológica voltadas para o desenvolvimento, em particular com a criação da Lei Mineira de Inovação.

Em vigor desde 2008, essa lei foi considerada pioneira no país por criar um arcabouço legal para viabilizar a realização de investimentos em inovação, inclusive por meio de subvenção econômica.

9DataViva dá suporte ao planejamento econômico do Estado

Implantado em 2013, o DataViva consistiu em uma plataforma de visualização de dados e suporte à análise econômica, desenvolvida pelo Governo de Minas, por meio do Escritório de Prioridades Estratégicas. Em parceria com Massachusetts Institute of Technology (MIT), o projeto disponibilizou dados oficiais sobre 1.200 produtos, 400 atividades econômicas e 600 diferentes tipos de ocupações profissionais de cada um dos mais de 5 mil municípios brasileiros.

Por meio de mais de 100 milhões de visualizações possíveis, a ferramenta virtual fornecia informações valiosas para análise econômicas, decisões de investimentos, formulação de politicas públicas e auxílio para a criação de bases sólidas para fomentar diálogos entre os setores público e privado.

O DataViva representou também um dos vários instrumentos de gestão tecnológica e transparência pública implantados pelo Governo de Minas desde 2003.

10Universidade Aberta investe em capacitação tecnológica à distância

O programa Universidade Aberta e Integrada de Minas Gerais (Uaitec) foi criado em 2013 pelo Governo de Minas para substituir a Rede Centros Vocacionais Tecnológicos (CVTs), modernizando a estrutura.

A partir dessa modernização, a Universidade Aberta garantiu a oferta de cursos à distância, desde idiomas até cursos de formação profissional de curta duração. Em 2014, eram 106 unidades instaladas e o cardápio de cursos gratuitos incluía capacitação profissional, extensão universitária, idiomas, cursos livres e abertos (os chamados Moocs) e um pioneiro MBA em Engenharia e Inovação.

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Todas as unidades da rede Uaitec foram equipadas com ferramentas de tecnologia que auxiliavam no aprendizado dos alunos. O espaço era composto por salas de videoconferência, com lousas inteligentes e bibliotecas virtuais, salas de inclusão digital e laboratórios virtuais, centro de processamento de dados, núcleo de apoio ao empreendedor/agente local de inovação, dentre outros ambientes, todos construídos e montados com acessibilidade para pessoas com deficiência.

A iniciativa fez parte do esforço do governo mineiro, de 2003 a 2014, em ampliar a oferta de ensino superior e formação profissional.

Ao lançar mão de ferramentas tecnológicas que disponibilizam informações seguras, o Governo de Minas pode tomar decisões acertadas e estabelecer políticas públicas mais eficientes, sendo mais estratégico e fazendo melhores escolhas.”

César Hidalgo
(Pesquisador do Massachusetts Institute of Technology (MIT) e diretor do Grupo de Pesquisas de Macroconexões do MIT Media Lab, durante palestra na Fundação João Pinheiro em maio de 2013)